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conversa da semana Segunda-feira, 12 de Setembro de 2022, 07:00 - A | A

Segunda-feira, 12 de Setembro de 2022, 07h:00 - A | A

APOSTA DO PSB

"Quero ser o federal do servidor da segurança", diz Sargento Joelson

Redação

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Aos 46 anos, 20 deles na Polícia Militar de Mato Grosso, Joelson Fernandes do Amaral, ou simplesmente Sargento Joelson, está em seu segundo mandato na Câmara Municipal de Cuiabá. Nascido em Chapada dos Guimarães, casado com Marcilene, pai de João Pedro e Daniel Lucas, Joelson foi eleito para um primeiro mandato em 2016, sendo 12º vereador mais bem votado da capital em 2020. Antes disso, em 2018, surprendeu com votação expressiva na disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa. 

 

"Fiz 11 mil votos na eleição de 2018. Fiquei na suplência porque estava em uma chapa muito pesada", diz hoje Joelson, lembrando que existem hoje no Parlamento quatro deputados estaduais com votação na casa dos 11 mil votos. 

 

Filiado à epoca ao PSC, Joelson hoje é uma das apostas do PSB em Mato Grosso. O próprio deputado estadual Max Russi, presidente do partido no Estado, tem destacado o potencial do candidato. 

 

“É um nome preparado, qualificado, trabalhador e que faz um grande mandato na Câmara de vereadores, é um político livre, sem amarras e acordos onde faz a defesa direta do povo", elogia o líder pessebista.

 

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Max Russi participa de evento com Joelson na capital

 

Com uma simplicidade peculiar e sem meias palavras, Joelson retribui a confiança e diz estar pronto para voos maiores. 'Vou ser o primeiro deputado federal da área da segurança pública", diz ele. 

 

Além de representar o servidor público na Câmara Federal, Joelson fala em defender a expansão das escolas militares nos municípios e aumentar o número de creches. Aponta ainda a defesa do 'pequeno' como meta. "Infelizmente nós temos recursos públicos para todas as áreas, grandes empréstimos, mas para o pequeno, que é onde poderia gerar mais renda, nós temos quase nada", reclama. 

 

Nesta entrevista ao Midia Hoje, ele fala da sua trajetória, detalha propostas e admite que entrou no PSB para participar de um projeto que tem como meta conquistar o governo de Mato Grosso, em 2026. "O PSB fará o governador de Mato Grosso nas próximas eleições", aposta.

 

Confira os principais trechos da entrevisa:

 

Como o Sargento Joelson, vereador em segundo mandato na capital, entra nesta disputa à Câmara Federal?

 

Temos uma campanha bem direcionada ao servidor público, em especial o da segurança pública. Temos conseguido uma aceitação muito boa, principalmente nas cidades-pólo, onde têm uma concentração maior de servidor público. Graças a Deus está bem cristalizado na cabeça do servidor que nós precisamos fazer uma grande bancada de deputado estadual e de deputado federal. Precisamos fazer o enfrentamento ao próximo governador. Não deixar que continue tirando direitos nossos. Sentimos que cada dia que passa mais servidores têm encampado a nossa campanha. 

 

Fala-se aí em 150, 160 mil votos para o partido ou federação eleger um candidato. O PSB consegue?

 

Nós temos uma vantagem muito grande porque estamos na chapa que vai eleger o deputado federal com a menor votação do estado. Isso favorece muito porque dá a perspectiva de realmente eleger alguém do nosso setor, do nosso público. E,além desse público do servidor da segurança pública, nós ainda temos as comunidades onde eu milito. São cerca de 15 comunidades, do Araés até o Jardim Vitória,  passando pelo Alvorado, pelo Florianópolis, e nunca tivemos nenhum deputado estadual e, agora, é uma região que tem uma chance real de ter um  deputado federal. Estamos cristalizados nessa região e espero que isso dê bons frutos no dia da eleição. Temos uma chapa muito boa e tenho convicção que vamos chegar lá. 

 

Quais suas metas na Câmara Federal. Dá pra fazer a diferença entre 513 deputados?

 

Nenhuma dúvida que sim. E a principal bandeira é a representação do servidor público, no sentido de não perder direitos, melhorar a qualidade no atendimento do serviço público. Mas existem outras bandeiras, como a defesa das escolas militares nos municípios. Para você ter uma ideia, entre as 30 melhores escolas públicas do Estado, conforme desempenho em avaliações nacionais, as 17 escolas militares estão entre elas. Então por quê não nós termos pelo menos uma escola militar em cada município? Outra bandeira é relacionada às creches. Metade das crianças em idade de creche estão fora da sala de aula por falta de vagas. E isso é um problema do governo federal. O Brasil inteiro está nessa situação. E, complementando as principais ações, colocaria cuidar do pequeno agricultor, do pequeno comerciante... Infelizmente nós temos recursos públicos para todas as áreas, grandes empréstimos, mas para o pequeno, que é onde se poderia gerar mais renda, nós temos quase nada. Só como exemplo, essa semana nós estávamos atrás de comprar uns coletes para a campanha, umas bandeiras a pronta entrega, mas não encontramos porque as pequenas empresas do ramo alegaram que não têm costureiras para empregar. E sabemos que existem muitas mães desempregadas, cuidando de casa, que poderiam fazer esse serviço da própria casa se tivesse algum incentivo, uma qualificação. Precisamos ver com outros olhos isso. O investimento público não pode ser apenas nos grandes, tem que ser nos pequenos também, mas infelizmente o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) hoje empresta só para o grande. Então esse enfrentamento nós vamos fazer. Lutar para os pequenos acessarem recursos também. 

 

Sendo da área militar, com tendência pró-Bolsonaro, como fica a sua posição, já que o PSB no cenário nacional está com Lula?

 

Quanto ao cenário nacional, nós temos que entender que estamos em uma disputa muito polarizada. Uma polarização até em excesso, mas eu tenho lado. Mesmo estando no PSB, a direção nos liberou para apoiar quem quiser. Eu apoio o Bolsonaro. Mas prefiro não entrar nessa discussão, no radicalismo de direita e esquerda. Entendo que muito radicalismo é ruim pra nação como um todo. Mas imagino que vai ter segundo turno e, no testa a testa, vai dar Bolsonaro de novo.

 

E a sua atuação na Câmara Municipal?

 

Estou no segundo mandato de vereador. Estamos completando seis anos como vereador. Tenho tentado ser o mais independente possível, representar realmente o povo, que foi quem me deu o mandato. Toda vez que eu vou votar na Câmara eu penso no que o meu eleitor vai pensar, qual será o resultado prático daquela decisão que eu estou tomando lá. E, graças a Deus, nestes seis anos eu tenho o orgulho de dizer que nunca desapontei o meu eleitor. E é por isso que estamos vivos na política. Não faço campanhas com estrutura financeira, e tenho orgulho disso. Uma das ultimas votações na Câmara, por exemplo, foi a que previa a cobrança de uma taxa extra para a coleta do lixo em Cuiabá. Eu gravei um vídeo no dia em que ia votar. Eu falei: olha, eu vou votar contra, mas precisamos de 13 votos aqui, cidadão cuiabano. E o seu vereador, o vereador que você conhece, que você segue nas redes sociais, como ele vai votar? Pois quando entramos em plenário, vários vereadores, incomodados, disseram ter recebido 20, 30 vezes o meu vídeo... O resultado foi que o Emanuel (prefeito Emanuel Pinheiro) retirou o projeto de tramitação. Nós conseguimos pelo menos por enquanto não deixar que se cobre uma taxa de 30% do valor do lixo aqui para Cuiabá. É esse tipo de trabalho que tenho feito na Câmara Municipal. Mas não sou adepto de quanto pior, melhor. O que for bom para a capital, tem o meu apoio. Sempre na independência, pensado no que é melhor para o povo.

 

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Joelson: penso qual será o resultado prático do meu voto na Câmara

 

Conte um pouco sobre a sua trajetória...

 

Na realidade eu entrei na política já há muito tempo. Meu irmão foi vereador em Cuiabá de 2008 a 2012. E eu sempre fiz os bastidores dele. Eu sou irmão do Antônio Fernandes, já falecido. Em 2013 em fui eleito vice-presidente da Associação dos Cabos e Soldados, e devido a um bom trabalho de unificação das entidades representativas de classes, obtivemos grandes avanços no período 2013-2016. Conseguimos, por exemplo, tirar o soldado da PM e do Bombeiro Militar de segundo pior salário do Brasil, chegando hoje ao terceiro melhor do país. Reestruturamos a nossa carreira. Policiais que nunca tinham sido promovidos começaram a avançar na carreira. Isso me credenciou ao primeiro mandato de vereador em 2016. Em 2018 quase virei deputado estadual. Fiz 11 mil votos, mas fiquei na suplência porque estava em uma chapa muito pesada. Hoje tem quatro deputados estaduais com 11 mil votos na Assembleia, ou seja, com a votação que eu tive em 2018. Em 2020 fui reeleito, sendo o 12º vereador mais votado da capital. A luta agora é para ser deputado federal, eleito pela segurança pública em Mato Grosso. É importante lembrar que a partir do momento em que o servidor estiver bem, isso reflete diretamente nos serviços públicos. Todo mundo ganha. 

 

Pensando em futuro, quais os planos do PSB em MT, da direção do partido?

 

Eu fui para o PSB para ajudar na construção de um projeto futuro. O PSB fará o governador de Mato Grosso nas próximas eleições. Toda a base do partido está empenhada nisso. Para isso, vamos fazer uma grande bancada de deputados estaduais, ganhar representação na Câmara Federal, somar com uma grande estrutura de prefeitos e vereadores, para, em 2026, o PSB assumir o governo de Mato Grosso. É pra esse projeto que eu fui convidado e é nesse projeto que estou empenhado.

 

 

Quem deverá ser o candidato?

 

Max Russi.

 

 

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