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geral Quinta-feira, 10 de Agosto de 2023, 07:33 - A | A

Quinta-feira, 10 de Agosto de 2023, 07h:33 - A | A

ESTADO DE EXCEÇÃO

Equador: execução de candidato a presidente comove o país e agrava crise

Redação

 

- (crédito: Rodrigo Buendia/AFP)

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Fernando Villavicencio chegou a receber ameaças e acusava instâncias políticas de relação com o narcotráfico

 

Três tiros na cabeça silenciaram para sempre o jornalista e ex-congressista Fernando Villavicencio, candidato presidencial do movimento Construye, e mergulharam o Equador em uma crise política. O assassinato ocorreu por volta das 18h20 de quarta-feira (9/8), cerca de 20h20 em Brasília, no momento em que Villavicencio deixava o Colégio Anderson de Quito, na região centro-norte da capital equatoriana.

 

Aos 59 anos, o político de centro-esquerda dedicou parte de sua carreira política a denunciar casos de corrupção. Vídeos divulgados pelas redes sociais mostram o momento em que os tiros são disparados. Várias pessoas se jogam no chão, próximo à porta do colégio. Pouco depois, um grupo corre em direção à esquina, onde há um homem caído na calçada. "O que se passou com Fernando?", uma pessoa questiona.  Em outro vídeo, Villavicencio caminha em direção ao carro, cercado por seguranças e carrega uma garrafa e uma sacola. As pessoas gritam "Fernando! Fernando!". Assim que entra no carro, ouve-se 13 disparos.

 

 

O presidente do Equador, Guillermo Lasso, divulgou nota em que se disse "indignado e consternado". "Minha solidariedade e minhas condolências à sua esposa e às suas filhas. Por sua memória e por sua luta, eu lhes asseguro que esse crime não ficará impune", escreveu. Lasso informou que se reuniria com o gabinete de segurança no Palácio de Carondelet, sede do Executivo. "Pedi à presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Diana Atamaint; à procuradora-geral do Estado, Diana Salazar; ao presidente da Corte Nacional de Justiça, Iván Saquicela; e às demais autoridades de Estado que compareçam de maneira urgente a esta reunião para tratarmos do fato que consternou o país. O crime organizado chegou muito longe, mas todo o peso da lei cairá sobre eles", avisou Lasso. 

 

 

Em busca de proteção, as pessoas se jogaram no chão, no momento dos tiros
Em busca de proteção, pessoas se jogaram no chão, no momento dos tiros(foto: AFP)

 

Estado de exceção 

 

O presidente do Equador, Guillermo Lasso, decretou estado de exceção - similar ao de emergência - por 60 anos e garantiu a realização das eleições presidenciais no dia 20 de agosto. A declaração, feita na madrugada desta 5ª feira (10.ago), aconteceu poucas horas após o assassinato de Fernando Villavicencio.

 

"Diante da perda de um democrata e um lutador, as eleições não estão suspensas. Ao contrário. Estas serão realizadas, e a democracia precisa se fortalecer. Essa é a melhor razão para ir votar e defender a democracia", disse Lasso, reforçando que as Forças Armadas foram mobilizadas para garantir a segurança e a realização do pleito.

 

Durante a fala, o presidente também decretou luto oficial de três dias pelo assassinato de Villavicencio. O político foi atingido por três tiros na cabeça quando saía de um comício em uma escola em Quito, onde outras nove pessoas ficaram feridas. Até o momento, seis suspeitos de participar do crime foram detidos, enquanto um foi morto durante troca de tiros.

 

A suspeita, segundo Lasso, é que o crime tenha sido cometido pelo crime organizado. Isso porque, desde que entrou no poder, em 2021, o presidente vem enfrentando a maior crise de insegurança já registrada no Equador, sobretudo devido à proliferação e ações violentas de gangues ligadas às máfias do narcotráfico internacional.

 

 

*Via Correio Braziliense/SBTNews

 

Confira vídeo do caso  e postagem do presidente:

 

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