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Quinta-feira, 21 de Outubro de 2021, 07h:00 - A | A

ESPERANÇA PARA MUITOS

Medicamento a base de canabidiol pode virar realidade em MT; ainda há desinformação e preconceito

Redação

Foto: / Divulgação

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Cena do documentário “Ilegal” em que Katiele busca a liberação do uso terapêutico do CBD para o tratamento de sua filha Anny

 

O uso terapêutico e legal da cannabis para pacientes oncológicos foi tema de uma live promovida pelo Instituto Mario Cardi Filho em parceria com o Hospital de Câncer de Mato Grosso no dia 05 de outubro.

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) aprovou em caráter definitivo Projeto de Lei de autoria do deputado estadual Wilson Santos (PSDB) obrigando o Sistema Único de Saúde (SUS) a fornecer medicamentos a base de substância ativa canabidiol a pacientes atestados com condições médicas debilitantes. O projeto aguarda agora a sanção do governador.

Os dois temas entraram na pauta de discussão em vários setores do Estado.

No caso do projeto da AL, a expectativa é de que Mauro Mendes (DEM) o sancione. 

Já a ação do Instituto Mario Cardi trouxe luz a aspectos legais da medicação. O assunto foi debatidos por juristas, médicos e demais interessados. “Esse é um assunto que precisa ser discutido por toda a sociedade. E para opinarmos e nos posicionarmos é preciso entender o tema, tirar dúvidas",  explica o presidente o presidente do instituto, Ussiel Tavares.

Não dá para admitir que por questões ideológicas ou religiosas, centenas (talvez milhares) de pessoas com doenças graves sejam impedidas de ter acesso a medicamentos já liberados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A relação de enfermidades que poderão ser tratadas com medicamentos a base de canabidiol, caso o projeto da Assembleia seja sancionado, é grande. Confira algumas: câncer, glaucoma, HIV, mal de Parkinson, hepatite C, esclerose lateral amiotrófica, doença de Croh, Alzheimer, distrofia muscular, fibromialgia severa, aracnoidite, lesões da medula espinhal, cistos de Tarlov, hidromielia, siringomielia, artrite reumatóide, displasia fibrosa, traumatismo cranioencefálico, entre várias outras.

De acordo com o projeto, todos os medicamentos a base da canabidiol deverão ser prescritos por médico devidamente habilitado nos termos das normas da Anvisa e do Conselho Federal de Medicina (CFM). 

Os medicamentos mais utilizados, como o CBS e o THC, não são capazes de curar doenças, mas garantem que sintomas dolorosos sejam minimizados ou até eliminados, melhorando a qualidade de vida do paciente.

No Senado Federal tramitam vários projetos também regulamentando o tratamento. Enquanto isso, pacientes tentam vencer a doença, o preconceito, as ações judiciais e o alto custo para a importação das substâncias.

LUTA PIONEIRA

O "Documentário Ilegal", de Raphael Erichsen e Tarso Araujo, discute a legalização. O filme é derivado do curta homônimo sobre o caso de Katiele Bortoli Fischer que lutou para que sua filha Anny Fischer tivesse direito a fazer o tratamento regularmente. 

 

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A família de Katiele e Norberto Fischer, pioneira no tratamento à base de canabidiol (CBD) no Brasil

 

Katiele viu a vida mudar em 2012 quando a filha caçula, Anny, recebeu o diagnóstico da síndrome CDKL5, um distúrbio neurológico raro que chegou a causar até 80 convulsões por semana na menina.

As crises, que duravam até dez minutos, fizeram a criança parar de andar e não conseguir mais se alimentar. Na época, nenhum medicamento conseguiu minimizar as consequências. Foi então que a paisagista, juntamente com o marido, decidiu importar ilegalmente uma substância derivada da maconha, o canabidiol (CDB).

Com o resultado promissor no tratamento da filha, que apresentou melhora desde o primeiro uso do medicamento, a família passou a lutar na Justiça para trazer a substância legalmente para o país, até que, em 2014, conseguiu a autorização pioneira, uma decisão que abriu caminho para a permissão do uso medicinal da maconha no Brasil.

Em abril do ano passado foi aprovado o primeiro medicamento de Cannabis pela Anvisa.

Trata-se de produto com concentração de 200 mg/mL. Já em fevereiro deste ano foram aprovadas mais duas novas concentrações.

 

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CONFIRA VÍDEO DOCUMENTÁRIO 'ILEGAL', LANÇADO EM 2014, PERÍODO EM QUE A IMPORTAÇÃO DE MEDICAMENTOS A BASE DE CANABIDIOL SÓ ERA CONSEGUIDA NA JUSTIÇA. 

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