"Seremos eternamente gratos a Dante por tudo que ele representou para a Democracia e o povo brasileiro". O comentário é da ex-deputada e ex-prefeita de Chapada dos Guimarães, Thelma de Oliveira, nas redes sociais neste 25/04/2022.
Ex-mulher de Dante de Oliveira, Thelma se reportava ao dia 25 de abril de 1984. Neste dia, há 38 anos, o Brasil parava para acompanhar a votação na Câmara dos Deputados da Emenda das Diretas Já, do então deputado federal mato-grossense Dante de Oliveira.
A emenda, porém, foi derrotada no Congresso Nacional: obteve 298 votos a favor, 65 contra e 3 abstenções.
Em uma manobra de políticos aliados ao regime militar à época, 112 deputados deixaram de comparecer ao plenário no dia da votação, derrotando a proposta.
O Brasil dormiu frustrado e revoltado naquela noite sim, mas a mobilização das 'Diretas Já' fora tão intensa que no ano seguinte, em 1985, o Congresso (sim, de forma indireta) acabou elegendo Tancredo Neves para presidente do Brasil, tendo como vice José Sarney, do MDB.
Um arranjo político, já que Sarney de fato era oriundo do PFL e migrou para o MDB para selar um entendimento entre as forças políticas do momento. O candidato oficial das Forças Armadas, Paulo Maluf, foi fragorosamente derrotado.
Tancredo Neves fora eleito presidente para um mandato de seis anos com 480 votos (72,4%) contra 180 dados a Maluf (27,3%).
Acometido por uma diverticulite dias antes da posse, Tancredo morre e quem assume o mandato de transição para saída dos generais do poder foi mesmo José Sarney.
Ninguém duvida, porém, que o processo de retirada das militares do poder só ocorreu por causa da mobilização popular provocada pela emenda Dante de Oliveira.
Dante será lembrado, sempre!
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