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variedades Terça-feira, 27 de Dezembro de 2022, 07:00 - A | A

Terça-feira, 27 de Dezembro de 2022, 07h:00 - A | A

SENHAS COMPARTILHADAS

Compartilhamento de senhas da Netflix vai mesmo acabar?

Olhar Digital

 

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Recentemente foi revelado que a partir de 2023 a Netflix começará a fechar o cerco no compartilhamento de senhas de sua plataforma entre pessoas que não vivem na mesma casa, prática que viola os termos de uso do streaming. Mas o compartilhamento de senhas vai mesmo acabar?

 

De acordo com a Variety, apesar do plano da Netflix para finalizar o compartilhamento não ter sido completamente revelado, a companhia dificilmente conseguirá restringir totalmente a prática. A princípio, a Netflix não encerrará a conta de alguém, mesmo que o compartilhamento de senhas aconteça, e nem haverá cobranças adicionais impostas pela plataforma sem o consentimento do usuário.

 

A Netflix revelou em outubro que planeja desenvolver “uma abordagem pensada para monetizar o compartilhamento de contas” além dos mercados em que já testou a abordagem na América Latina: Chile, Costa Rica e Peru. A ideia é encorajar que pessoas que compartilham senhas criem “sub-contas” e paguem pelas pessoas de fora de suas caras.

 
 

Apesar de a impressão inicial da medida dar a entender que o compartilhamento de senhas será caçado e exterminado da plataforma, incluindo medidas punitivas, a Netflix adicionará um sistema de monetização de compartilhamento de senhas, mas nada deve ser forçado para os usuários.

 

A Netflix ainda não revelou os valores de uma sub-conta, nomeada de Membro Extra, nos Estados Unidos e em outros mercados, como o Brasil. No Chile, Costa Rica e Peru, onde a medida foi testada, a taxa da sub-conta ficou entre 23% e 29% de uma conta Padrão da plataforma. No Brasil, este valor significa entre R$ 9,17 e R$ 11,57.

 

 

Nestes mercados, onde foram feitos os testes, a Netflix notificava os membros que aparentavam estar compartilhando suas contas fora de suas casas, com detecções feitas a partir de endereços de IP, IDs de dispositivos e atividade das contas em dispositivos logados na conta Netflix. Esta abordagem era feita apresentando novas opções de pagamento, e pedido de verificação de credenciais com envio de código de verificação para o usuário principal da conta.

 

E se o cliente não pagar pelo empréstimo de senhas? Todos os sinais indicam que o mais agressivo que a Netflix pretende obter na primeira tentativa para reduzir o compartilhamento de senhas é continuar a enviar lembretes e notificações por e-mail aos infratores dos termos de uso da plataforma.

 

 

A página de ajuda da empresa sobre compartilhamento de senha atualmente diz: “A Netflix não cobrará automaticamente se você compartilhar sua conta com alguém que não mora com você”. É improvável que isso mude em um futuro próximo.

 

Se a Netflix cobrasse automaticamente novas taxas para compartilhamento de contas, além de irritar os clientes – que se envolveram no compartilhamento de senhas por anos com a aprovação e aceno da Netflix – isso atrairia o escrutínio dos reguladores sobre possíveis práticas de cobrança que vão contra medidas de proteção ao consumidor.

 

 
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Reed Hastings, Co-CEO e cofundador da Netflix. Imagem: Shutterstock

 

“Nunca lançaríamos algo que parecesse ‘girar os parafusos'” para pessoas que compartilham senhas, disse Reed Hastings, co-CEO e cofundador da Netflix, na entrevista sobre os resultados do primeiro trimestre de 2021 da empresa. “Tem que parecer que faz sentido para os consumidores, que eles entendem.”

 

O fato de a estratégia de monetização da Netflix para compartilhamento de senhas ser opcional destaca a incerteza sobre quanto dinheiro a mais ela colherá da chamada “repressão”. A empresa está ansiosa para desenvolver novos fluxos de receita, pois o crescimento do número principal de assinantes diminuiu.

 

Além da monetização de compartilhamento pago, a Netflix este ano se apressou para lançar um novo plano mais barato com suporte de anúncios em novembro, que parece ter um início relativamente lento.

 

A Netflix estimou que as senhas estão sendo compartilhadas em violação de suas regras com mais de 100 milhões de famílias inadimplentes em todo o mundo — mas, obviamente, não será capaz de converter toda essa atividade em receita.

 

 

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