Brasileira de 94 anos deve se tornar a estudante mais idosa do mundo

Só Notícia Boa

Se confirmada, dona Edelzuita se tornará a estudante mais idosa no mundo, reconhecida pelo Guinness. A idosa se matriculou na escola através do EJA - Foto: Josimar Oliveira

Aos 94 anos, uma brasileira pode entrar para o Guiness Book como a estudante mais idosa do mundo. A pernambucana, do sertão, voltou para a escola determinada a realizar o sonho de aprender a ler e escrever. Primeiro, quis formar os nove filhos e ajudar a criar netos e bisnetos.

Maria Edelzuita de Souza é o orgulho de Petrolina (PE) e virou a estudante queridinha da Secretaria de Educação de Pernambuco. De mochilinha e camiseta de uniforme, a idosa não perde uma aula e ama os colegas de turma e os professores. Um exemplo e tanto para o Brasil e o mundo.

A Secretaria de Educação de Pernambuco quer inscrever Dona Edelzuita no Guiness Book (Livro dos Recordes) por ela superar, em 10 anos, o estudante queniano Kimani Maruge Ng’ang’a, considerado atualmente o estudante mais idoso do mundo.

De volta à escola

A idosa está no 3º módulo no Centro de Educação de Jovens e Adultos João Barracão, em Petrolina, sertão de Pernambuco. No Dia do Estudante (11/08) ela foi homenageada na escola.

Dona Edelzuita é tão querida que foi recebida, pelos colegas, professores e funcionários da escola com cartazes de boas-vindas e palavras de estímulo.

“Estudem, no estudo é que se aprende tudo. Na escola se aprende o que é bom. Eu queria ser menina de novo pra começar agora e terminar só na faculdade”, disse a idosa.

História de vida

Com uma história de vida marcada por dificuldades, a idosa foi proibida de estudar pelo pai. Segundo ela, o pai tinha medo que ela pudesse escrever “cartas para os namorados”.

A mãe da estudante, no entanto, era diferente: sabia ler e escrever e ensinou para ela as letras, as sílabas e como juntá-las para formar pequenas palavras. Mas ela só chegou até aí.

Em 2022, Dona Edelzuita, então com 93 anos, começou a estudar. Ela resolveu realizar o sonho de estudar após a morte do marido José Rufino com quem viveu por 60 anos.

Agora, aos 94 anos, a estudante idosa tem planos para o futuro: pretende escrever para contar a história de vida dela e como o estudo é importante. Viva!