Fito a praia ...
Se perde à vista comprida
Em sentidos opostos
Segue cortando limites
Trocando de batismos
Rompendo pertencimentos
Praia de beltranos
Exclusiva da fulanagem
Extensão de hospedarias
Praia de ninguém
Praia proibida do além
Areia invadida também
Areia, aldeia, moradia.
Coqueiral, caranguejos
Garrafas vazias, casca de laranjas largadas.
Repouso de lombos salgados.
Quem te tem, oh terra firme?
Qual propriedade te penhora?
Se dono tem, o tal é o mar !
Quem mais noite dia lhe mantém?
Se não aquele que te penteia
Se não o que lhe expatria no horizonte
Se não aquele devorador do entardecer
Se não quem pari o sol da manhã
O que rebate o calor do dia.
A praia e o mar como são poesias
Signatários de liberdades.
A quem pertence os poemas?
De propriedade,
Aos poetas somente a criação.
Do direito, tudo a todo outrem
Quaisquer que neles transitam.
Poemas são como praias
Poemas são como estradas
Servidões de passagem
Com passe livre e invasivos
Não conhecem limítrofes.
*Américo Corrêa é jornalista em Cuiabá.
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