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opinião Sexta-feira, 19 de Novembro de 2021, 07:00 - A | A

Sexta-feira, 19 de Novembro de 2021, 07h:00 - A | A

FITO A PRAIA...

Praias, mar, poemas e servidão de passagem

*AMÉRICO CORRÊA

 

Fito a praia ...

Se perde à vista comprida

Em sentidos opostos

Segue cortando limites

Trocando de batismos

Rompendo pertencimentos

 

Praia de beltranos

Exclusiva da fulanagem

Extensão de hospedarias

Praia de ninguém

Praia proibida do além

Areia invadida também

Areia, aldeia, moradia.

Coqueiral, caranguejos

Garrafas vazias, casca de laranjas largadas.

Repouso de lombos salgados.

 

Quem te tem, oh terra firme?

Qual propriedade te penhora?

Se dono tem, o tal é o mar !

 

Quem mais noite dia lhe mantém?

Se não aquele que te penteia

Se não o que lhe expatria no horizonte

Se não aquele devorador do entardecer

Se não quem pari o sol da manhã

O que rebate o calor do dia.

 

A praia e o mar como são poesias

Signatários de liberdades.

 

A quem pertence os poemas?

De propriedade,

Aos poetas somente a criação.

Do direito, tudo a todo outrem

Quaisquer que neles transitam.

 

Poemas são como praias

Poemas são como estradas

Servidões de passagem

Com passe livre e invasivos

Não conhecem limítrofes.

 

1

 

 

*Américo Corrêa é jornalista em Cuiabá.

 

 

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