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Os militantes antivacinas são considerados extremamente cabeça dura e, para muitas pessoas, parece que não há um argumento possível que os faça mudar de ideia sobre se imunizar. Porém, um estudo da Universidade de Toronto, no Canadá, mostrou que o dinheiro é algo que pode convencê-los.
Uma pesquisa, realizada antes do lançamento das vacinas contra a Covid-19, descobriu que um incentivo monetário de US$ 1.000 (cerca de R$ 4.700, na cotação atual), oferecido aos militantes antivacinas, teria a capacidade de elevar a taxa de vacinação para até 87%.
Solução para países ricos?
Na época em que o estudo foi realizado, estimava-se que 87% era mais do que suficiente para conferir a chamada imunidade de rebanho. Porém, com o surgimento de novas variantes, principalmente a delta e a ômicron, a noção sobre o tamanho da parcela a ser imunizada para isso mudou bastante.
Segundo os pesquisadores, as descobertas são muito valiosas, principalmente em um cenário em que uma parcela significativa da população mundial ainda não está vacinada. Além disso, a militância antivacina é a principal razão para que parcela importante da população de países ricos ainda não se vacinou.
“É uma questão ainda maior do que vacinas e Covid-19. Isso faz parte de um conjunto maior de dilemas chamados problemas de ação coletiva – como convencer as pessoas a agir para mitigar as mudanças climáticas”, disse um dos autores do estudo, Vivek Nandur.
Adesão aumentou junto com valores
O estudo contou com 2.500 participantes e foi realizado em dezembro de 2020. Durante a pesquisa, os voluntários responderam se pretendiam tomar a vacina. Se a resposta fosse negativa, as pessoas eram questionadas sobre quanto dinheiro seria suficiente para fazê-las mudar de ideia
Um incentivo de US$ 500 (cerca de R$ 2.300, na cotação atual) fez com que a porcentagem de pessoas que aceitaria se vacinar subisse de 70% para 80%. Enquanto o dobro desse valor faria com que 87% mudassem de ideia e aceitassem se vacinar.
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