Além de Marlene de Jesus Araújo, a Rainha do Sararé, a Polícia Federal do Mato Grosso prendeu preventivamente também, na última terça-feira, o seu marido, Francival Alves. Ambos são apontados como responsáveis por envolvimento em um esquema de garimpo ilegal na Terra Indígena do Sararé. O terceiro preso também é parente do casal. Um quarto alvo da operação segue foragido.
Nas próximas fases, a investigação deverá investigar quanto dinheiro a associação criminosa movimentou ao longo do tempo em que atuou na área. A 'Rainha do Sararé' se encontra na Cadeia Feminina de Cáceres.
Marlene é do município de Jaru, no estado vizinho de Rondônia, e usava uma empresa de terraplanagem como fachada para os negócios no garimpo. Ela e seus familiares, que também compunha a associação criminosa, se locomoviam até a região do Sararé por conta da atividade ilegal.
Veja fotos da 'Rainha do Sararé', investigada pela PF por esquema de garimpo ilegal em terra indígena
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Os mandados de busca e apreensão e prisão preventiva foram cumpridos na cidade de Pontes e Lacerda, em Mato Grosso, que fica a menos de uma hora de distância da terra indígena. Eles são investigados pelos crimes de associação criminosa e crime contra o patrimônio.
Na residência do casal, pedras de diamantes, guardadas em papelotes, e joias de ouro de uso pessoal da mulher foram encontrados pelos agentes da PF. Menos luxuosos, peças de maquinários destruídos em operações anteriores na Terra Indígena também estavam nos locais visitados pelos agentes.
Empresa de fachada
A 'MF - Horas Máquinas e Terraplanagem', a empresa usada por Marlene para levar adiante o esquema, anunciava nas redes o serviço de aluguel de pá carregadeira.
Segundo a PF, o esquema de garimpo ilegal era financiado pela utilização do maquinário e o recrutamento de pessoas. O minério extraído da reserva indígena era, então, comercializado de forma clandestina.
A pá carregadeira de Marlene chegou a ser apreendida por um fiscal do Ibama durante a Operação Alfeu III, feita em conjunto com a Polícia Federal, que visava desocupar os garimpos ilegais de "Babalu" e Cooper Pontes, na terra indígena. Em março deste ano, o advogado de Marlene conseguiu uma liminar na Justiça que determinava a devolução da máquina à empresa da mulher.
Segundo os depoimentos de agentes da PF que participaram da ação, em setembro de 2021, o maquinário estava deixando a área, com destino a cidade de Pontes e Lacerda, em um caminhão-prancha quando foi feita a abordagem. Dentro do veículo, além do motorista, estava um homem que foi preso em flagrante por levar consigo ouro. O motorista indicou Marlene como dona da pá carregadeira.
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