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geral Terça-feira, 10 de Janeiro de 2023, 07:00 - A | A

Terça-feira, 10 de Janeiro de 2023, 07h:00 - A | A

INSURREIÇÃO TRUMPISTA

Até agora, 978 pessoas foram presas pela invasão ao Congresso dos EUA

ConJur

 

Blink O'fanaye/Flickr

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Trumpistas invadiram o Capitólio, em Washington, em janeiro de 2021

 

Desde a invasão ao prédio do Congresso dos Estados Unidos, o Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, pelo menos 978 pessoas foram identificadas e presas pelo FBI e, a seu tempo, indiciadas pelo Departamento de Justiça (DOJ).

 

 

O ex-presidente Donald Trump, suspeito de incitar a insurreição para impedir a confirmação, pelo Congresso, da vitória de Joe Biden na eleição de 2020, ainda está sob investigação. O comitê da Câmara dos Deputados que investigou a insurreição sugeriu ao DOJ quatro acusações contra ele, que podem resultar em prisão e suspensão dos direitos políticos.

 

Das 978 pessoas presas, 357 já foram condenadas e sentenciadas. Outras 165 foram condenadas por um juiz ou por júri, mas ainda não foram sentenciadas. O restante aguarda julgamento. Entre os acusados, 465 fizeram acordo de confissão de culpa com os procuradores do DOJ. Muitos dos acusados apontaram o dedo para Trump para explicar suas motivações.

 

Segundo o procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, as investigações ainda estão longe de terminar. O FBI continua a investigar o caso, por meio de vídeos, postagens nas mídias sociais e dicas do público, a quem pede ajuda para "identificar pessoas que participaram de um dos crimes mais documentados da história dos EUA".

 

Cerca de 350 suspeitos estão na lista de procurados do FBI por crimes considerados violentos.

 

Insider publicou, em um documento de 123 páginas produzido pelo DOJ, a lista de todos os presos, com as acusações que pesam contra eles.

 

Entre as mais pesadas, está uma que permaneceu "enterrada" por várias décadas: a de crime por "conspiração subversiva (seditious conspiracy)" — delito definido como uma conspiração entre duas ou mais pessoas para derrubar o governo ou conspiração contra a autoridade ou legitimidade do Estado.

 

Segundo o DOJ, 17 pessoas já foram acusadas de conspiração subversiva. Entre elas, Stewart Rhodes, fundador da milícia de extrema direita Oath Keepers, e Kelly Meggs, líder do braço desse grupo na Flórida, que foram condenados com base nessa acusação. Outras são integrantes do mesmo grupo ou de outro grupo de extrema direita, o Proud Boys.

 

O cofundador da Oath Keepers, John Schaffer, foi o primeiro a fazer acordo de admissão de culpa. O DOJ pede para ele uma pena de 30 anos de prisão por agressão contra um agente de segurança do Congresso, obstrução de um procedimento civil e conspiração subversiva.

 

Outras acusações incluem obstrução da aplicação da lei durante motim civil, entrada e permanência não autorizada em prédio ou área restrita (na linha de violação de domicílio), vandalismo, conduta desordeira e tumultuante, violência física e agressão, resistência, oposição e obstrução a autoridades federais e porte de armas letais. No total, são mais de 3.860 acusações a serem julgadas pela Justiça.

 

Até agora, oito insurgentes pegaram penas de mais de cinco anos de prisão; 33, de dois a cinco anos; 66, de dois ou mais meses; 95, de menos de dois meses; 67 foram condenados a prisão domiciliar; 60, a dois ou mais anos de suspensão condicional da pena (sursis); e 28, a menos de dois anos de sursis.

 

A maioria dos presos é formada por homens brancos, de 18 a 80 anos; cerca de 14% são mulheres; pelo menos 11% são militares veteranos ou ex-policiais; cerca de 13% foram identificados, nos autos, como integrantes de grupos extremistas.

 

As quatro acusações que o Comitê Seleto da Câmara dos Deputados, que investigou o ataque ao Congresso de 30 de junho de 2021 a 19 de dezembro de 2022, recomendou ao DOJ são as seguintes: conspiração para fraudar os Estados Unidos, conspiração para fazer declarações falsas, obstrução de um procedimento oficial e incitação à insurreição. Com informações de Insider, Forbes, Time, USA Today e Washington Post.

 

 

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