Foto: Edilson Dantas

O carro dos Bombeiros transporta o caixão com o corpo de Pelé até o Memorial Necrópole Ecumênica, em Santos
Depois de um velório de 24h de duração e de um cortejo pelas ruas de Santos em carro dos Bombeiros, o corpo de Pelé foi sepultado no Memorial Necrópole Ecumênica, na cidade paulista. O evento final durou cerca de 25 minutos, por volta das 14h, e contou com uma lista de presentes, entre familiares e convidados, de 140 pessoas. Imprensa e fãs ficaram do lado de fora.
Terminada a cerimônia, coube a Edinho fazer um último pronunciamento em nome da família. O filho de Pelé agradeceu a todo o apoio e carinho recebido por eles e pelo pai durante os últimos meses.
— Eu queria, em nome da minha família, agradecer a todo mundo. A todo o amor, a todo o carinho, a todo o respeito. O sentimento maior de toda a família é gratidão. Junto com a dor, mas é gratidão. Então, muito obrigado a todos. Agora ele vai descansar.
A marcha fúnebre com o corpo do Rei durou cerca de uma hora e passou por diversas ruas de Santos, percorrendo, ao todo, 13 quilômetros. O ponto de maior concentração de pessoas foi em frente à casa de Dona Celeste, mãe de Pelé. Houve empurra-empurra, e a polícia precisou afastar fãs para que o cortejo passasse pelo local.
O cortejo, formado pelo carro do Corpo de Bombeiros que transportava o corpo e por viaturas da Polícia Militar, da Polícia do Exército e do Samu, demorou ao menos 20 minutos para passar o quarteirão, devido à multidão que ocupava a rua. Acamada, Dona Celeste não pôde aparecer à janela.
Durante o velório, a ausência de jogadores, principalmente os campeões mundiais pelo Brasil, foi bastante criticada. Um dos poucos a se justificar publicamente, o goleiro Marcos relembrou o velório de seus pais, e disse que "ninguém foi". Sua mãe, Antônia Reis, faleceu em 2020. O pai, Ladislau Silveira Reis, morreu em 2008.
"Fui ao velório desses dois aqui, meus pais, os Reis dessa terra pra mim. Ninguém aqui das redes foi. Fui pra chorar, orar e sofrer por saber que nunca mais iria vê-los. Não pedi homenagem de ninguém, não julguei ninguém, não dei entrevista, e para mim não foi um show. Até entendo vocês me cobrarem pelo que representa Pelé, que será eterno, mas ao Edson hoje, só posso fazer uma oração! Descanse em paz!", publicou.

Ex-jogadores do Santos tanto da época de Pelé quanto mais recentes compareceram. Assim como o elenco atual. O goleiro João Paulo não conseguiu chegar a tempo para participar do velório na Vila. Mas fez questão de participar do cortejo, acompanhando o caixão do Rei, a pé.
Outro que compareceu ao evento foi o presidente Lula, acompanhado da primeira dama, Rosângela da Silva, a Janja, e do ministro Márcio França (PSB), de Portos e Aeroportos. Além de cumprimentar os familiares de Pelé, ele acompanhou uma cerimônia religiosa católica com a leitura de passagens bíblicas.
– O Pelé simboliza tudo aquilo de melhor na ascensão da espécie humana. Nunca ficou mascarado e nem de nariz empinado. Foi um cidadão muito humildade, que conversava de igual para igual com todo mundo – comentou o chefe do executivo em depoimento à Santos TV.
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